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quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Comendo Sardinha e Arrotando Caviar


   P
ara ser sincero, eu não sei qual o cheiro de caviar, nunca tive curiosidade em comer, na verdade, nem mesmo oportunidade,  portanto, eu não  saberia identificar se uma pessoa tenha comido uma coisa ou outra e principalmente eu não acho muito legal ficar cheirando arroto dos outros, além de anti-higiênico, parece um tanto grotesco.

            A sociedade, enfim, nós seres humanos vivemos o problema da Inveja, eu já ouvi dizer que o problema da inveja não é ter mais que o outro e sim o fato de ter já pode gerar esta inveja, não importa o quanto de sardinha que nós comemos, alguns invejosos vão cheirar caviar, mesmo se nunca tiveram contato com a iguaria, a inveja não está ligada ao que se tem, está ligada ao que os outros não querem que você tenha, por isto não é impossível, alguém ter uma Ferrari e ter inveja da bicicleta que alguém comprou, pois é, inveja tem a ver com qualquer coisa que o outro possa adquirir, sejam bens materiais, seja estabilidade emocional ou financeira, seja segurança,  a família do outro, enfim, a grama do vizinho sempre é mais verde e não interessa se o vizinho cuida da grama todos os dias e a sua fique abandonada, o vizinho não tem o direito de ter uma grama mais verde.

            Eu não sou muito fã de sardinha, como de vez em quando mas sei que é saudável, mas se eu como sardinha, só posso arrotar sardinha, mas alguns que nunca tiveram contato com o caviar acham que é caviar, mas o que eu tenho com isto? Pois é, o problema dos outros não é o meu problema e portanto, não posso pagar por eles.  Se alguém lê: Doutor em Biologia, quando eu escrevo Acadêmico de Biologia, o problema está onde? O problema está com quem? Comigo que estou comendo sardinha ou com outro que está sentindo o cheiro de caviar?

            Já conheci pessoas que deixavam de comer para pagar as prestações do carro novo, neste caso posso enxergar dois aspectos, um é que se a pessoa quer fazer isto, tem todo o direito, o outro é que talvez esta pessoa seja fútil, mas se eu condenar esta pessoa eu estaria sendo mais fútil ainda me incomodando com o que é dos outros, afinal todos temos o direito de viver nossas fantasias.

            Entendendo o principio da inveja, a frase “ele come sardinha e arrota caviar” denota inveja externada, pois a frase mostra um sentido de invasão, a ponto da pessoa querer sentir o cheiro do arroto de outra pessoa para saber o que está comendo.

            Pessoalmente penso que olhar para o que o outro faz e atribuir juízo de valores, desde que o outro não esteja cometendo um crime é invasão de privacidade, é não enxergar o outro como o que realmente é, mas sim pelo o que ele tem de diferente, penso que isto com certeza é um grande caminho para a infelicidade, pois sempre teremos coisas que o outros não tem e os outros terão coisas que não temos, meu posicionamento é diferente, quando uma pessoa consegue o que eu não tenho, e que eu queira, eu posso tomar como exemplo se eu não sei ainda como conseguir, e se também posso me espelhar e é por isto que eu consigo ser campeão de futebol, campeão de Fórmula 1, campeão de Judô, isto por que a vitória do outro também é minha, ou seja, eu venço com a vitória do outro, entro no time dos vencedores por tabela, isto é muito melhor do que ficar sofrendo pelas conquistas dos outros, ou seja, para transformar a infelicidade em felicidade, basta largar mão da inveja, principalmente por que não dá para julgar um livro pela capa e muito menos a capa importa, pois não se pode saber quem fez a capa e em quais condições e a capa nós todos sabemos não é o conteúdo.


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