Q
|
uando
se perde a inocência? Quando se aproveitam dela? Por que supostos defensores da
inocência se ocupam em destruí-la?
A Igreja Católica defende de forma
fervorosa o celibato, o casamento de pessoas virgens, relações sexuais somente
após o casamento, sexo somente para
procriação, sendo que nega celebração de casamento de pessoas que por condição
física ou médica, não possam ter filhos;
este posicionamento me deixa confuso, pois, com tanta restrição a
relações conjugais, por que um
casal estéril deva ser alijado da opção
de se juntar a outro para crescerem em experiência? E por que isto ocorre por ordem de um Deus
bondoso?
Acredito que inclusive não seja
salutar procurar entender a lógica religiosa devido ao fato desta não existir,
pois ao mesmo tempo em que defende posições retrógradas, tenta esconder
escândalos de pedofilia? Se a própria igreja não pune integrantes que além da
suposta justiça divina que é defendida por ela, ainda infringem a leis dos
homens, então onde esperar coerência nos seus ditos.
Existe algo mais covarde que a ação
de um pedófilo? Convencer uma criança a receber uma violência que servirá para
compor a satisfação de um doente mental que não vê no outro a inocência, ou
pior, se aproveita dela.
Talvez existam pessoas interessadas
nos números, eu me interesso mais pelos fatos e pelo entendimento que se quem
determina regras aceita que as elas sejam quebradas, então esta regulação só
serve para enganar quem as segue e beneficiar quem as faz.
Quantos casos de pedofilia bastariam para
denegrir a imagem de uma igreja? Para mim a resposta é clara: Bastaria apenas
um caso, mas o que se vê é que a mesma severidade que manda para o fogo eterno
sem mais nenhuma possibilidade de perdão, alguém que descrê de um suposto
benfeitor que é conceitualmente falível pelas suas próprias criações mal
acabadas que refletem diretamente sua incompetência, retirar a inocência de um
anjo parece não ter importância a ponto dos criminosos não serem sequer
excomungados pelo crime, e ainda terem a
própria igreja católica como cúmplice que esconde os fatos.
Não gostaria de falar neste momento sobre
ideias mirabolantes de esquizofrênicos funcionais que se valem de uma logorréia
alucinada para alegar invasão de homossexuais de forma organizada e planejada
com a intenção de denegrir a imagem da igreja, pois até uma criança pode notar
o quanto esta afirmação é sem sentido e o quanto de preconceito existe quando
se associa homossexualidade à pedofilia, principalmente porque um pedófilo pode
ter o seu alvo em qualquer criança independentemente de gênero, mas a atitude
imbecil de inventar circunstâncias completamente esdrúxulas, mesmo que nunca
aceitável, chega a ser compreensível para quem é conivente com o crime. Dar
desculpas sobre atos levianos e odiáveis só demonstra que quem as inventa
aceita a violência aplicada, portanto
também é cúmplice dos pedófilos.
Será que mães e pais não deveriam se
preocupar com padres? Eu não conheço nenhuma fonte baseada em qualquer tipo de
organização que deixe claro que exista grande possibilidade de em determinado
ambiente existirem mais criminosos pedófilos do que em qualquer igreja, talvez
minha ignorância se dê pelo fato da pedofilia ser praticada de forma isolada,
sendo assim a igreja e seus sacerdotes deveriam abandonar o discurso hipócrita
da pureza, enquanto seus elementos de confiança são destruidores da pureza dos
anjos, e neste contraste com a sociedade, a igreja destrói limites, conseguindo
ser criminosa aos próprios preceitos que quebra, levando junto o desprezo aos
princípios da moral social.
Se a igreja fosse algo sério,
expulsaria, excomungaria, exporia, puniria e colocaria à disposição da justiça
todos os pedófilos, faria uma guerra santa com objetivos e propósitos reais, e
não as guerras que já incentivou ou implantou sempre sob a égide dos ganhos
terrenos.
Que os anjos permaneçam anjos até
terem discernimento suficiente para cortarem suas próprias asas e deixarem de
serem anjos através de suas próprias escolhas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário