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quinta-feira, 14 de março de 2013

Fé demais fede mais



A
 fé se caracteriza pela crença em algo, sendo que em determinados aspectos ela suplanta a razão. Ter fé que vai se passar no vestibular só vai funcionar se a pessoa estudar, ter fé que se vai passar em concurso idem, ter fé que se vai ganhar na loteria não é algo racional, é apenas a simples crença na sorte, ou seja, a fé só funciona se existirem meios, recursos, evidências, mas e quando fé está além da possibilidade real?

            Eu me lembro de uma amiga minha que era crente, eu nem sei se ainda é, há muito tempo ela me disse que Deus iria lhe dar um carro novo, bastaria que tivesse fé e ela tinha fé, eu achei aquilo até meio engraçado, pois para mim não fazia qualquer sentido, mas não a retruquei só achei a ideia meio sem nexo. Os anos se passaram e ela nunca ganhou este carro que Deus iria dar, tem muito tempo que não a vejo, mas posso dizer que esta fé provavelmente não esteja abalada, mas não acredito que sem esforço qualquer Deus faça este carro cair do céu.

            De tantas demonstrações de fé das quais eu tive conhecimento algumas são absurdas, como o caso de uma criança que morreu nos EUA porque os pais, Dale Hickman e Shannon  Hickman  resolveram que ela iria ser curada através de orações por conta da fé, ambos eram devotos da seita Seguidores de Cristo, evidentemente foram julgados condenados a seis anos e três meses de cadeia e vão cumprir cada dia, neste caso a fé além de matar o filho deles ainda providenciou alguns anos para cumprirem na cadeia. Poderia se dizer que a igreja que vendeu o óleo ”ungido” que foi utilizado para cuidar da criança que foi fornecido por uma instituição que prega a cura pela fé, não seria cúmplice desta morte?

            O que fede na fé demasiada é a podridão que cerca certos templos que vendem óleos “ungidos”, garrafinhas de água abençoada, colher de pedreiro “ungida” e outras inutilidades que evidentemente não têm qualquer tipo de função real além de arrecadação de fundos que de uma forma ou outra são destinados a pastores, pois nenhum benéfico direto será atingindo com estas coisas inúteis.

            Tenho um ponto de vista de que as pessoas têm direito de ter suas próprias crenças, mas até onde isto pode ser aceito por seus pares? O mundo já presenciou suicídios em massa por conta da fé, como por exemplo, o caso famoso do Pastor Jim Jones em 1978 onde 383 pessoas consumaram sua própria morte.

            O 11 de setembro de 2001 também é um dentre vários exemplos, onde pessoas dão a vida por conta de uma crença para propagação do ódio, tudo movido por uma fé inabalável em coisas que não pertencem a nenhuma noção de realidade como, por exemplo, morrer para conseguir 72 virgens, promessa completamente absurda que coloca a mulher como objeto, além do mais, passa pela mais ridícula contradição biológica: Para que 72 virgens se a pessoa está morta? Mesmo porque virgindade tem conotação de reprodução, as virgens seriam para gerar fantasmas do cidadão morto? Isto é sem noção.

            Alguns pensam que compram uma vaga no paraíso enquanto alguns acham  que vendem, só que eu ainda não vi nenhum tipo de procuração impressa e assinada por nenhum Deus, aliás, hoje para ser pastor basta colocar uma Bíblia debaixo do braço e fazer pregação, pois se nenhuma congregação aceitar é só criar uma nova, tudo se tornou apenas um investimento em que fazem qualquer coisa para obter lucro e nem interessa se a pessoa que doa ou compra os artigos vai ou não passar necessidade já que quem é responsável pela retribuição nunca será a congregação, será o Deus adorado pela religião ou seita. Simples: A igreja recebe, mas quem envia a mercadoria é Deus, mesmo que ele nunca dê as caras para confirmar a transação, no mundo real isto é puro e simples estelionato.

            Que os cristãos e outros que tenham fé que estão envolvidos nestas crenças abram os olhos para perceberem o que está acontecendo, pois compra de gado e fazendas gigantescas, dinheiro em mala, pagamento de campanha eleitoral, gente sem renda comprando emissoras de televisão que só estão ajudando aos próprios bolsos, e qualquer um pode entender isto como algo podre que cheira mal e que deve ser enfrentado pelos próprios crentes. Que os devotos não se deixem enganar usando de sua honestidade movida pela fé enriquecendo quem só se preocupa em espalhar o que lhe convém para ganhos pessoais, ou até por quem pode representar o perigo de convencer pessoas a cometerem atos contra si próprios e contra os outros.

4 comentários:

  1. Excelente texto Walmir. Aliás, excelente Blog!!
    Letícia

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  2. walmir.parabem pelo blog.quero comentar estas sabias palavras com uma duvida que tenho pois acho o trabalho endependente de ser pasto,padre,espirita etc, o social que estas pessoas fazem atraves das palavras mesmo nao sendo delas.mas ajudando pessoas esquesidas pelo governo e sociedade e ate familiares.e com essa ajuda se tornao pessoas melhores.com isso fico com um pe atras.abraços.

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    Respostas
    1. Amigo, eu não fico nada com o pé atrás, pois este pessoal faz caridade com o dinheiro dos outros e não com trabalho honesto, eles tentam e conseguem enganar as pessoas, principalmente quando estão mais vulneráveis e já vi famílias destruídas por conta do dízimo, já vi pessoas que deixaram tratamento de câncer e morreram por conta destes vendedores de paraíso. O governo é incompetente para gerir, mas estes chamados lideres religiosos são piores porque estão em busca de cargos políticos e de enriquecimento ilícito e ninguém faz nada.

      Existem Ongs que fazem a mesma coisa sem ter que enganar, e qualquer organização mínima que seja supera a bandalheira que este povo está fazendo, cuidar de creches é desculpa para terem terras gigantescas, cabeças de gado, aviões, emissoras de TV.

      Quando eu posso eu ajudo algumas organizações aqui sendo que nenhuma é ligada a nenhuma igreja, tem gente por aí ajudando pessoas, e a questão não é a crença em Deus, pois muitos não creem e fazem porque se sentem tocados independentemente da religião. Eu não ficaria com o pé atrás estas instituições religiosas enganam literalmente, a sociedade não precisa disto e pode sim se organizar.

      O problema é que a ocasião faz o ladrão e da mesma forma que ajuda de traficantes a comunidades não deve ser aceitável, mesmo que estejam ajudando a quem precisa, enriquecer enganando também é reprovável, repetindo, não, eu não fico de pé atrás. Um abraço!

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