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quarta-feira, 6 de março de 2013

A coincidência no tempo espaço e experiências


            
   M
uitas vezes eu me encontro pensando nas coisas que me cercam e de algumas impressões do mundo que eu aprendi. Uma das coisas que me deixa intrigado é a noção de destino e também o que se chama de livre arbítrio, para mim estas coisas parecem excludentes, pois se existe um não existiria o outro.

            Quando um astro passa próximo da Terra e cientistas fazem cálculos para saber se está em rota de colisão, ou se pelo caminho do astro quando ele voltar e passar perto do nosso planeta estará mais próximo ou distante, me  parece que é uma indicação clara de previsão do futuro, só que esta previsão não é divinatória, é precisa, é simplesmente a constatação do funcionamento das leis físicas, e estas leis produzem comportamento previsível, o que atrapalha são as variáveis, pois uma grande quantidade delas pode dificultar a previsão, mas não existem surpresas.

            Já pensou que toda a nossa vida pode estar programada pelas leis naturais e nós estamos apenas navegando na onda? É perturbador saber que todas as experiências de vida que tivemos e venhamos a ter já estão pré-definidas e que não temos qualquer tipo de controle real sobre isto, algumas coisas relativas a este tipo de pensamento são óbvias nosso próprio corpo indica isto, então fico me perguntando: Quando decidimos sobre nossas vidas? Talvez a reposta seja: O tempo todo só pensamos que decidimos.

            Não tomando como patamar, mas para indicar que não estou sozinho nisto, Einstein pensava desta forma (coitado do Einstein, virou desculpa para tudo) e também Schopenhauer, e pode ser que você também que está lendo. Somos robôs de um destino programado do qual não temos culpas pelos instintos, nem pela genética, nem pelos fatos que nos levam a agir.
           
            Neste momento não estou preocupado com nada relativo a qualquer sentido para vida, eu nem sinto que para o universo isto seja importante, aliás, para o Cosmos nada é importante, pois a indiferença é visível, eu estou tentando só entender este mecanismo em que o passado é tão imutável quanto o presente e o futuro.

            Divagando um pouco penso que se o passado não pode ser mudado, isto significa que o futuro no passado também não poderia ser alterado; maluquice isto não acha? Uma conclusão que pode ser tirada é que passamos a vida achando que tomamos todas as nossas decisões, e sem entrar em estudos que dizem que o consciente não decide nada, o inconsciente decide e informa ao consciente, um monte de perguntas me vem à cabeça, mas não são daquelas tipo: “O que estou fazendo aqui neste mundo?”, ou: “Qual o sentido disto tudo?”. Neste caso simplesmente me limito a achar confuso.
            Aquele fora que você tomou daquela pessoa que você amava platonicamente, aquela sua prova decisiva em que falhou, aquele beijo que você nunca teve, aquele sonho que nunca realizou já estavam programados e não haveria como mudar, pois as leis naturais levaram as coisas a acontecerem da forma com que deveriam acontecer, nada é culpa sua da mesma forma que tudo é culpa sua.

            Será que não era destino, passar por vários anos de vida, ter escrito um texto e você que eu nunca tive oportunidade de conhecer pessoalmente esteja lendo o que eu escrevi?

            Seja destino ou coincidência, estamos aqui unidos no tempo-espaço, nós dois ligados por um fino laço que se resume em que eu ter escrito o que você está lendo. Laço reforçado por estarmos dividindo experiências em uma coincidência absurdamente incrível, ou por um destino completamente desconhecido.

2 comentários:

  1. Este é um dos temas que já fez os meus miolos ferverem. rsrs
    Depois de tudo que já estudei, cheguei à conclusão de que não existe destino preestabelecido, mas também não existe livre arbítrio, já que a maior parte da nossa vida é comandada pelo inconsciente.
    Não existe destino porque o futuro é composto de "n" possibilidades, depende sempre do que decidimos a cada momento.
    Sei que não ajudei em nada na sua inquietação, mas este tema é isso mesmo, pura piração. rsrs
    Valeu suas considerações.

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  2. Concordo com você em parte, mas na minha opinião, o fato de desconhecermos as variáveis não afeta no fato de que elas se manifestem, pois uma vespa nasce, se desenvolve e um dia você passando pela praça, abre a boca e ela entra (não estou desejando isto para você), o intrigante é de onde começou a sequência de eventos que levou você a estar naquele instante e naquele momento, sendo isto dentro de uma determinação de causa e efeito estipularia um destino já no nascimento da vespa, pois se ela não tivesse existido não entraria na sua boca, então no meu entender se as leis de causa e efeito são sempre seguidas então temos destino, mas será impossível determiná-lo porque não temos acesso a todas as variáveis. Muito obrigado por comentar, considerei seu comentário produtivo. Um abraço!

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