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uvindo
a música do Dire Straits de nome Brothers in arms, esta frase se destaca, a
música fala sobre companheiros de batalha, mas no meu entender ela se aplica a
todos nós no que diz respeito a conflitos de qualquer tipo. Pessoas
compartilham e lutam pelos mesmos
propósitos que são contrários a ideias de outros, o que nos leva a diferentes
visões e posicionamentos coletivos sobre um determinado tema.
O difícil é saber de quantos diferentes
mundos nós participamos e quando convergimos para apenas um e quando a
diversidade é necessária e quando ela pode ser esquecida.
Regimes políticos, religiões, opiniões levam
pessoas a se aglomerarem dentro de um único propósito, mas ao mesmo tempo em
que se juntam em alguns pensamentos, se separam em outros, pois a complexidade
humana leva a diferentes caminhos.
Não posso falar pelos outros, mas falo por
mim, e considero que criamos inimigos de forma completamente desnecessária só
porque nos tomamos como modelo, ou fazemos alguém que se pareça conosco, ou em
quem queiramos ser parecidos nos mais
diversos aspectos, alguém a ser seguido e neste caso a identidade individual se
perde dentro da coletiva.
Governantes, líderes religiosos, líderes
políticos, líderes mundiais, a mídia em geral têm moldado a massa e o indivíduo
passou a ser secundário, e o difícil de admitir nisto tudo é que quem está
sendo seguido nem sempre tem mérito para isto, nem sempre tem o conhecimento, a
sabedoria e o bom senso, são apenas pessoas que seguem um ideal particular que
tentam impor a todos de forma egoísta e muitas vezes impensada.
Se alguns acham que existe sempre a
necessidade de se ter um inimigo para dar sentido à vida, existem adversários
que se pode escolher que beneficiam a todos. Ter a fome como inimigo, o
racismo, a homofobia e ter como companheiros a procura pelo desenvolvimento
pessoal, pelo coletivo, a pesquisa para entendimento do que nós realmente somos
no mundo esquecendo dogmas e verdades herdadas somente pela crença, tentar
desvendar os mistérios e construir as igualdades podem ser uma boa forma de
darmos sentido a tudo e podem ser bons propósitos para se lutar.
Não estou dizemos que não devamos
guerrear por nossas convicções, estou somente questionado se estas convicções é
que devem mudar em prol do coletivo, em prol do respeito humano.
“We’re fools to make war on our
brothers in arms” (somos tolos de guerrear sobre nossos companheiros de
batalha). Talvez sejamos tolos somente por guerrear, ou talvez por não refletir
ao invés de simplesmente escolher um lado, ao invés de não entender a humanidade
inteira como nossos companheiros da batalha da sobrevivência da espécie como um
todo. Penso como a música diz: Nós só temos um mundo, mas também penso que não
é necessário que vivamos sempre em mundos diferentes.
Até onde o que nos cerca nos leva a
seguir sem pensar? Será que simplesmente seguir nos leva aonde? Este tipo de pergunta só pode ser respondida
individualmente e o caminho para estas respostas, não está em nenhuma religião,
nenhum credo, nenhuma convicção política, está para ser descoberta em cada um
de nós através da percepção isenta sobre o mundo.
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