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ser humano tem a mania de agrupar as coisas
através de determinadas características, isto tem sustentação na necessidade de
entender de forma mais empírica a realidade da qual pertencemos, de certa forma
pelas limitações humanas isto é necessário para que e crie um entendimento mais
fácil sobre as coisas que queremos compreender.
Ao mesmo tempo em que temos o
costume de diferenciar e juntar as coisas, temos o mau hábito de atribuir juízo
de valores a coisas que em si mesmas não possuem características morais ou de
sentido de mais ou menos valia. A cor amarela de um girassol é simplesmente
amarela, não é pior ou melhor que outra cor.
Em nossas separações por
características semelhantes, nem sempre é possível isolar grupos, pois os
indivíduos possuem aparências iguais e diferentes a qualquer padrão que se escolha, portanto estas
avaliações não podem ser precisas a ponto de isolamento, pois não existe
semelhança absoluta entre os indivíduos, até pelo fato de serem indivíduos.
Quando as atribuições usadas para
criação de grupos são apontadas para os humanos, aí nasce o preconceito, e as pessoas que são escolhidas para
determinado grupo tem que pertencer a um padrão, ou tem que aceitar um padrão
para considerá-lo como melhor, mesmo que não se faça parte dele, no entanto
estas definições são aleatórias e muitas vezes sem propósito coletivo.
Durante a Renascença, mulheres
magras não tinham vez, as gordinhas eram as retratadas, faziam parte das
pinturas e das preferências europeias, hoje as gordinhas não tem vez e tem que
entrar na ditadura de um padrão, o que poucos conseguem entender é que a
diversidade é que mantém a espécie, e por isto as diferenças não podem tomar
cunho moral.
Homossexuais são tratados como gente
menor por grande parte das pessoas porque não seguem o padrão. Negros sem
dúvida são os mais perseguidos, isto por conta de um passado histórico que nem
vale aqui ser esmiuçado. Mulheres sofrem preconceito somente pelo fato de serem
mulheres, mas o que têm de diferente? A resposta se encontra na Rosa que nem
sempre é rosa e que pode ser amarela, branca, vermelha e até mesmo rosa, ou
também nas Violetas que não necessariamente serão sempre da cor violeta, podem
também ser azuis sem que isto implique em nenhum tipo de defeito, somente
indicando a diversidade.
Se tudo é diversidade, então quando
os conceitos morais devem ser aplicados? Minha resposta a esta questão é de que
não existe moral absoluta, nem padrões imutáveis, mas o que se deve ter em
mente é o alerta de quando estas diferenças passam a ser entendidas como boas
ou ruins, quando simplesmente são o que são de forma completamente inerte,
perceptível, mas sem importância. Não estou dizendo que esta indiferença deva
ser aplicada às condutas perniciosas ao humano, mas que as diferenças devem ser
aceitas.
Ainda não captei o que o fato de
alguém ser homossexual atrapalharia a espécie humana, aliás, muitos dizem que o
planeta já tem muita gente, e concordando ou não com isto é claro que a
humanidade não está ameaçada pela homossexualidade. Não sei o que transformaria
um negro pior do que qualquer outro, já que sabemos que não existem genes
raciais, portanto a questão é somente a cor da pele, ou junção de
características físicas que nada tem a ver com conceitos de valia. Não sei o
porquê de ainda se tratar a mulher como algo inferior, quando ao contrário do
alegado, todos os seres humanos lhe devem a vida.
O que envolve questões morais são as
coisas que nos prejudicam como pessoas, são as armadilhas feitas pelo
intelecto, talvez também a busca de prazer desenfreada que provavelmente nem seja negativa em si, mas nas consequências
pessoais e coletivas que determinam. O importante é entender que pura visão por
determinação arbitrária, e por agrupamento de características semelhantes em
nossos companheiros de existência, pode servir somente para dividir a grande família humana.
Muito bom seu blog. Parabens!!!
ResponderExcluirMuito obrigado aí pela força. Um abraço!
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