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um coração que pulsa que tem ritmo que às vezes acelera e às vezes se acalma.
Eu não duvido que o Universo seja também algo pulsante como um todo,
e mesmo se deixarmos de lado a Teoria do Big Bang e a hipótese de Big
Crush que, se representam a verdade, identificam o Cosmos como um pulsar como um coração
expandindo e contraindo eternamente, ainda temos a certeza dos ritmos da
natureza.
As ondas estão por todos os lados, e todas
elas tem um determinado ritmo de pulso, uma frequência e pode se dizer que isto
é um ordenamento universal. Tanto as ondas do mar, as ondas sonoras, as
eletromagnéticas também com suas cores, pois é, até as cores pulsam, vagam pela
imensidão nas curtas e também nas imagináveis gigantescas distâncias.
Neste pulsar coletivo, sem nos dar conta,
seguimos uma dança cósmica da qual ao mesmo tempo em que somos participantes,
somos componentes, pois mesmo em uma
mínima escala fazemos o mundo pulsar, principalmente para nós mesmos que somos
crias deste planeta.
Ao estabelecermos referenciais, percebemos
que o orbe não é estático, e ao mesmo tempo em que é imutável na sua quantidade
de elementos fundamentais, pois possui massa constante, é mutante, pois está o tempo inteiro se modificando,
pulsando, vibrando, se transformando.
Estruturas de astros são influenciadas pelos
pulsos, como a nebulosa de Caranguejo, por exemplo, que é uma nebulosa de vento
de pulsar, isto mostra que os ciclos ritmados influenciam as menores estruturas
e também as mais grandiosas. Você consegue perceber que estamos em um baile de
ritmos variados?
A maioria das vibrações nossos
sentidos não podem captar, apesar de em grande parte das vezes nossa razão
conseguir entender, portanto não podemos perceber toda a balada do Universo,
mas ela está lá nos movimentando, nos influência da mesma forma como quando
alguém está à deriva em um mar revolto, ao sabor das ondas, mas nada pode fazer
para interromper o fluxo, então se torna involuntariamente parte dele.
Ninguém precisa assistir aulas para
aprender os passos deste bailado,
estamos no meio dele dançando e nos deslocando, mesmo antes de aparecermos no
mundo, mas isto não é um privilégio, é uma característica de todas as coisas
existentes que consideremos vivas ou não, para nós em parte estas manifestações
não são só apenas invisíveis, mas completamente imperceptíveis, e mesmo assim
não fazem parte de nenhuma fantasia sobrenatural.
Usamos pulsos, ou ciclos também para
transmitir informações; aquelas ondas de
Amplitude Modulada (AM) do seu rádio que servem também para levar a imagem que
chega à sua TV, ou a Frequência Modulada (FM) que leva o som para sua TV ou
rádio, são exemplos disto, a informação flutua pelo ar ou até mesmo onde ele
não existe, e atravessa distâncias entre planetas, estrelas, galáxias e
passeiam pelo Cosmos, tudo isto seguindo uma cadência precisa.
Assim como os pulmões pulsam em
ciclos levando oxigênio ao sangue, e assim como nossa circulação sanguínea possibilita
a alimentação de nossas células com
oxigênio através de pulsos ritmados pelo coração, somos participantes e peças
deste maravilhoso pulsar de todo Cosmos.
Você, assim como eu, e assim como
todos nós tivemos a sorte do destino ou do acaso de participarmos desta festa,
pelo menos é bom saber que já estamos no meio dela dançando.