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TELEPEDIR 2

domingo, 31 de março de 2013

No pulsar do Universo




T
emos um coração que pulsa que tem ritmo que às vezes acelera e às vezes se acalma. Eu não duvido que o Universo seja também algo pulsante  como um todo,  e mesmo se deixarmos de lado a Teoria do Big Bang e a hipótese de Big Crush que, se representam a verdade,  identificam  o Cosmos como um pulsar como um coração expandindo e contraindo eternamente, ainda temos a certeza dos ritmos da natureza.

As ondas estão por todos os lados, e todas elas tem um determinado ritmo de pulso, uma frequência e pode se dizer que isto é um ordenamento universal. Tanto as ondas do mar, as ondas sonoras, as eletromagnéticas também com suas cores, pois é, até as cores pulsam, vagam pela imensidão nas curtas e também nas imagináveis gigantescas distâncias.

Neste pulsar coletivo, sem nos dar conta, seguimos uma dança cósmica da qual ao mesmo tempo em que somos participantes, somos  componentes, pois mesmo em uma mínima escala fazemos o mundo pulsar, principalmente para nós mesmos que somos crias deste planeta.

Ao estabelecermos referenciais, percebemos que o orbe não é estático, e ao mesmo tempo em que é imutável na sua quantidade de elementos fundamentais, pois possui massa constante, é mutante,  pois está o tempo inteiro se modificando, pulsando, vibrando, se transformando.

Estruturas de astros são influenciadas pelos pulsos, como a nebulosa de Caranguejo, por exemplo, que é uma nebulosa de vento de pulsar, isto mostra que os ciclos ritmados influenciam as menores estruturas e também as mais grandiosas. Você consegue perceber que estamos em um baile de ritmos variados? 

            A maioria das vibrações nossos sentidos não podem captar, apesar de em grande parte das vezes nossa razão conseguir entender, portanto não podemos perceber toda a balada do Universo, mas ela está lá nos movimentando, nos influência da mesma forma como quando alguém está à deriva em um mar revolto, ao sabor das ondas, mas nada pode fazer para interromper o fluxo, então se torna involuntariamente parte dele.

            Ninguém precisa assistir aulas para aprender os passos  deste bailado, estamos no meio dele dançando e nos deslocando, mesmo antes de aparecermos no mundo, mas isto não é um privilégio, é uma característica de todas as coisas existentes que consideremos vivas ou não, para nós em parte estas manifestações não são só apenas invisíveis, mas completamente imperceptíveis, e mesmo assim não fazem parte de nenhuma fantasia sobrenatural.

            Usamos pulsos, ou ciclos também para transmitir  informações; aquelas ondas de Amplitude Modulada (AM) do seu rádio que servem também para levar a imagem que chega à sua TV, ou a Frequência Modulada (FM) que leva o som para sua TV ou rádio, são exemplos disto, a informação flutua pelo ar ou até mesmo onde ele não existe, e atravessa distâncias entre planetas, estrelas, galáxias e passeiam pelo Cosmos, tudo isto seguindo uma cadência precisa.

            Assim como os pulmões pulsam em ciclos levando oxigênio ao sangue, e assim como nossa circulação sanguínea possibilita a alimentação de  nossas células com oxigênio através de pulsos ritmados pelo coração, somos participantes e peças deste maravilhoso pulsar de todo Cosmos.

            Você, assim como eu, e assim como todos nós tivemos a sorte do destino ou do acaso de participarmos desta festa, pelo menos é bom saber que já estamos no meio dela dançando.


sábado, 30 de março de 2013

Deus não joga dados!





O
 objetivo desta crônica não é falar sobre ciências, mas a célebre frase atribuída a Albert Einstein; “Deus não joga dados”, se refere a uma resposta que ele deu a Werner Heisenberg com relação ao Princípio da Incerteza que se tornou uma das bases da Física Quântica, mas não é sobre isto que eu quero falar, a reflexão é outra.

            Nas religiões cristãs existe a figura de um Deus que é onipotente onisciente  e onipresente, um Deus que pode fazer tudo, que sabe de tudo e está em todos os lugares, este Deus segundo os escritos além de todas as coisas, criou o próprio homem e estabeleceu por regra própria as punições para os pecados e a recompensa de uma vida em um paraíso se suas instruções forem cumpridas, este Deus é a maravilha da inteligência e das possibilidades, portanto todas as criaturas o devem louvar porque Deus é o senhor de tudo, o personagem máximo de todo o Cosmos.

            Lembremos que Deus sabe tudo, sendo assim acho que posso tirar algumas dúvidas como relação a este ser supremo, mas vou me ater a poucas perguntas neste momento que eu gostaria que quem soubesse me respondesse, principalmente se for um representante nomeado deste ser aqui na Terra, como um pastor ou um padre.
            Em sua sabedoria nossa divindade suprema dentre outras maravilhas, também criou o livre arbítrio, então cada homem pode agir da forma que quiser para atingir seus objetivos e obedecer às determinações supremas, mas cá para nós, este personagem não é meio sádico?

            Há uma oferta de fogo eterno para quem não cumprir o que é determinado, então vejamos, a pessoa vai arder em um inferno por toda a eternidade, sem a possibilidade de se redimir, pois o figura troca poucos anos de vida que não representam um flash de  existência dentro de um tempo infinito, não seria esquisito alguém condenar uma pessoa a uma pena de uns quinhentos anos de cadeia por ter roubado uma maçã e não ter se arrependido?  Pois isto é o suficiente: “Não roubarás”, lembra? Não dá para dar uma olhada na mulher do vizinho e fazer um elogio: “Não cobiçarás a mulher do próximo”,

Já pensou na gula, por exemplo? Uma pessoa pode ir queimar para todo o sempre por não se arrepender de comer duas melancias por conta da gula, o pior é que se Deus criou tudo, também criou as doenças, então por que cargas d’água ele fez a síndrome de Prader-Willi? Para título de informação, está anomalia cria uma vontade de comer insaciável, a pessoa não pode se controlar porque sente fome e tem um apetite incontrolável, então sadicamente nosso todo poderoso inventa o pecado e coloca no inferno alguém que ele mesmo determinou que involuntariamente cometerá o delito e vai passar todos os tempos ardendo e sofrendo em labaredas de fogo, aliás, parece que Deus gosta de um churrasquinho e tanto faz se for de gente.

Acho que não é difícil entender onde eu quero chegar, pois, a falta de lógica é fácil de compreender: Um Deus que sabe tudo não pode ser enganado certo? Sendo assim, como o ser supremo sabe o passado o futuro e o presente de cada um, mesmo que cada indivíduo tenha o livre arbítrio, nossa divindade suprema vai saber todos os passos de cada pessoa durante a vida, antes mesmo de cada um pensar em dar estes passos, correto?  Então me diga se não é sadismo, um psicopata, criar pessoas sabendo que vão ser pecadoras e colocá-las no inferno? Imagino um Deus dizendo: ”Rá, rá, rá, rá, rá, este aqui vai queimar”.

Se Deus não joga dados e tem conhecimento de tudo de todos os tempos, então qual o sentido de inventar e exigir regras se antes de qualquer um nascer ele já sabe o resultado do julgamento? E o pior, se ele cria tudo e todos e sabe o que vai acontecer, então não seria ele mesmo o culpado por todas as mazelas humanas?  E não pára por aí, ele também criaria a personalidade de cada um, portanto o mais sanguinário dos ditadores seria obra do todo poderoso naquele esquema: “Vou criar esta besta, sei tudo o que ele vai fazer e depois coloco no inferno, e está resolvido o caso! Toco o terror e depois vão me louvar quando tudo terminar, e não vão nem desconfiar que eu sou o culpado de tudo”.

Não existe sentido em um pintor colocar a culpa na sua pintura se ela for mal feita, pois o culpado sempre será quem fez a obra incorretamente,  então não consigo entender por mais que tente; como poderia existir um conceito em que a obra do todo poderoso tivesse culpa de alguma coisa, neste caso nós humanos, se foi ele mesmo quem fez. Se eximir da responsabilidade por opção seria somente uma covardia que não muda o fato de que o culpado por tudo é quem fez tudo, sabe de tudo e estava presente, mesmo quando a casa caiu, aliás, a escolha da queda teria sido dele mesmo.

Também não fica claro para mim o porquê Deus teria dado cérebro para algumas pessoas para entenderem que este ser supremo é em si mesmo contraditório, e que nada faria sentido a não ser que a verdade fosse de que Deus não criou nada e foi o homem quem inventou nosso supremo salvador que adora enchentes, incêndios, tsunamis, tormentas, furacões. Vá ser sádico assim no céu!





sexta-feira, 29 de março de 2013

O que se faz no paraíso?



           
          
   V
ocê já pensou no que vai fazer daqui a um minuto? E daqui a uma hora? E daqui a um ano? E daqui a 10 anos? E daqui á... Já pensou que o sentido para tudo depende do que virá a seguir? Que as tarefas terminadas só são o início para outras? Já pensou que o destino final se caracteriza por não ter mais que fazer qualquer tarefa? O que se faria em um suposto paraíso? Só ficaria ouvindo harpas? Onde estariam os objetivos? Não acha que seria uma coisa chata? Finalmente se está morto se chegou ao céu e agora não precisa mais nem ser bonzinho, pois já está no paraíso, fazer o que agora?

            Será que Deus pode mudar de opinião e depois que já se está supostamente no paraíso eterno alguém pode ser expulso para o inferno?  Se não se faz nada, não se tem objetivo então do que valeria ficar no céu do lado de um ser que só ficaria contemplando tudo?  Não seria melhor tirar uma soneca? E que tal uma soneca eterna? Ou que tal morrer mesmo de vez e não acordar mais?

            Festinhas no céu, nem pensar, pois as festas poderiam incentivar o pecado, alias, que pecado? Se não existem bens materiais, então não se poderia cobiçar a mulher do próximo, ou será que se poderia? Matar um morto nem dá né? Será que neste suposto paraíso tem homens e mulheres e se tem, para que servem? Pelo o que eu sei a diferença de sexos no ser humano serve para que exista a reprodução, bem, será que pessoas mortas se reproduzem? E se não reproduzem, então para que teriam órgãos genitais?  Um espírito tem coração, rins, pulmão, bexiga, cérebro? Se tem para que serviria se estão mortos? O pulmão iria se encher de gás e o coração iria bombear o sangue para os órgãos para que o indivíduo não morra, mas como se ele já está morto?

            Esta estória de paraíso teria que ser mais bem contada, pois será que existiriam festas no inferno?  Mas se o individuo vai queimar durante a eternidade, como seria então este fogo? Pelo o que eu sei não há queima sem gases ou elementos químicos, tem oxigênio no inferno? Será que este calor não viria pela queima e sim pela fusão nuclear assim como no Sol? Mas espere aí: Se tem átomos para a fusão nuclear é físico, então me explique como algo pode pegar fogo sem nenhuma substância, ou produzir calor sem átomos durante toda a eternidade, será que alguém me explicaria esta confusão? Como se queima no inferno onde não tem como se queimar?

            Você meu amigo que paga o dízimo, não acha arriscado estar pagando suas prestações para ir para um paraíso que você nem sabe como é? E pensando bem você nem deve querer ir antes para conferir se o lugar presta, nem vai poder saber se estão vendendo gato por lebre e nem conhece as regras do condomínio, já percebeu isto? O que você acha que poderá fazer no céu? Quais as tarefas?  Vai lavar os pés de Deus? Mas para quê ele deixaria se sujar? Deus quer você para fazer o que no céu? Fazer companhia? Será que ele não se contenta com a quantidade de gente que já deveria estar por  lá?

            No paraíso não deve haver tarefa nenhuma, afinal é um lugar de descanso, mas descanso do que?  Ninguém ficaria cansado se não tiver um corpo, pelo menos para mim isto não faz qualquer sentido. Bom se não é para descansar, então se deve ter alguma coisa para fazer, mas para quê? Deus não pode fazer tudo?

            Eu daria um conselho para quem está comprando seu lugar no céu dando aquelas ofertas gordas para o pastor: Peça garantias, pois podem estar lhe vendendo um terreno para o lugar errado, aliás, o vendedor te empurra óleos ungidos, garrafinhas de água santa como acessórios, portanto não se esqueça de pegar seu recibo, Deus lá de cima de não sei onde pode precisar que você comprove a compra.

Vamos ver uma rotina: Às 07h00 da manhã (não posso dizer com referência a qual paralelo, pois não sei se o Paraíso fica em um planeta), vem a oração, também não sei como as pessoas vão orar sem pulmão e nem como a voz vai se propagar sem ar, porque oração vem por via oral, pois se vier pensamento então é “pensasão” não é mesmo?  Inventei este neologismo “pensasão” mesmo que eu ache difícil pensar sem cérebro, alguns vivos tem cérebro e não pensam, quem dirá sem? Não consigo imaginar mais nada o que seria feito, pois não concebo um céu com escolas, com creches, portanto não há horário para pegar os filhos, também não tem hora do almoço, pois morto pelo o que eu saiba não precisa comer. Só consigo imaginar “pensasão” e ficar perto de um velho barbudo. Que graça tem nisto?

No fim do dia então haveria... Espere aí: Tem uma estrela no Paraíso? Pois para haver dia, tem que haver estrelas, e se existem estrelas existe matéria, se não tem dia nem noite, então como seriam as coisas? Sabe do que mais, é muito exercício de imaginação, me devolve meu dízimo aí, ou me passe já a escritura da terra no meu pedaço de Paraíso. Ah, mas não tem terra e nem escritura? Que trolha é esta? Vou procurar mais informações a respeito do inferno, quem sabe lá tenha alguma coisa para fazer e pelo o que eu saiba para o diabo não é preciso pagar nada, a entrada para o inferno segundo o que me disseram, é gratuita.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Onde estamos dentro de nós? (Giro Angular)


             
     
V
ou falar de uma parte de cérebro que nos faz  sair do corpo literalmente, esta estrutura cerebral já causou muita confusão para alguns místicos, pois sensações de sair do corpo, ou de permanência de membros amputados são manifestações  do que esta parte de córtex cerebral, que está localizada no lobo parietal pode causar.

            Será que você já se sentiu levitando quando fez uma tomografia? Já se sentiu fora do corpo, ou tentou pegar alguma coisa e a distância estava diferente do que você percebia? Não, não é sua alma saindo do corpo é só manifestação cerebral, esta parte do cérebro é sensível à eletricidade e por consequência também a manifestações magnéticas podendo criar a sensação de voo e levitação.

            Uma corrente elétrica pode causar a sensação de saída do corpo. Em 2002 um neurologista suíço de nome Olaf Blanke, que trabalhava no Hospital Universitário de Genebra, ao fazer uma cirurgia em uma paciente que sofria de epilepsia, ao estimular o giro angular direito, provocou nela a sensação de estar flutuando enquanto o corpo permanecia no mesmo lugar.

            Para que entenda melhor, esta região do cérebro tem a função de determinar sua percepção espacial, servindo  para indicar onde está o seu corpo e você dentro dele, é uma estrutura física que não tem nada a ver com misticismo.

            Tudo funciona mais ou menos da seguinte forma: No seu cérebro existe um mapeamento de você que determina onde estão suas pernas, seus braços, sua barriga, etc., então no caso de membros amputados muitas vezes as pessoas continuam sentido que aquele membro existe, e podem inclusive sentir o tato e dores, isto mesmo! Alguém que perdeu uma perna pode continuar sentindo que ainda tem, pois este mapeamento não se desfaz com a perda do membro, é como ele ainda existisse.

            Alguns menos desavisados com base em sua crença dizem que o fenômeno dos membros amputados existe porque teríamos um corpo astral e quando o membro é perdido, este corpo astral não muda a forma, na verdade a Ciência já desvendou isto e o simples uso da Navalha de Ockham também conhecido como Principio da Economia que determina que se existem duas explicações para o mesmo fenômeno, a mais simples tem maior probabilidade de ser a correta,  já serve para descartar qualquer alegação mitológica, mesmo porque dentro da metodologia científica atual através das definições de Popper, algo científico tem que ser refutável e falseável, sendo assim,  a explicação científica dentro das estruturas da lógica é completamente adequada, enquanto a mística não apresenta mais do que uma fantasia.

            Este texto é só uma crônica que não pretende se aprofundar no assunto, mas grade parte das alegações da existência de alma, de viagens fora do corpo tem origem em fenômenos naturais e da interpretação do cérebro em relação ao ambiente, como por exemplo, a tal catalepsia projetiva que é colocada como algo sobrenatural e não é nada mais nada menos que a conhecida catalepsia do sono, amplamente explicada em revistas científicas que não é somente um mecanismo que impede que você vivencie o sonho, ou seja, se, por exemplo, você estiver sonhando que está andando na rua, que você não saia andando dormindo da cama, mas sabemos que nem sempre este mecanismo funciona, pois existe o sonambulismo.

            Ainda estamos descobrindo como funciona o cérebro, e sabemos que algumas coisas como visualização de espíritos funcionam através de rotinas mentais já conhecidas; existe até uma máquina que chamam de The God Helmet (O capacete de Deus) que através de ondas eletromagnéticas estimula centros do cérebro, dentre eles o giro angular; este aparelho faz com que pessoas sintam presença de algo ou alguém onde não existe ninguém, faz com que as pessoas se sintam flutuando, tudo isto com estimulo eletromagnético. Para quem entende um pouquinho de eletrônica, fica fácil perceber o que acontece, pois eletromagnetismo induz corrente elétrica, neste caso diretamente no cérebro, assim como corrente elétrica induz eletromagnetismo, então este capacete não faz nada além de estimular um leve choque no lobo parietal e temporal produzindo a mesma experiência do doutor Olaf Blanke com a paciente epilética.

            Longe de querer esgotar o assunto, pois ele é extenso e daria para escrever um livro, o foco principal deste texto é dizer que as explicações místicas estão cada vez mais abandonadas pelo simples exercício da razão, e de que não devemos nos impressionar por mágicas, muitas vezes mal feitas por profetas, por adivinhos, por médiuns, mesmo que eles próprios acreditem nas suas verdades místicas, pois o conhecimento humano avança jogando estas crenças para o poço da incoerência.

Se você entende Inglês, este links abaixo servem para que você confira algumas partes abordadas no texto.

O link abaixo fala sobre o "The God Helmet" (O capacete de Deus), que faz com que pessoas se sintam levitando fora do corpo e com a presença de entidades em uma sala vazia.


O link abaixo com o Título "The Secret You" (O Você Secreto) descreve algumas particularidades do cérebro, como se sentir fora dele, ou o fato do subconsciente agir antes do consciente permitindo aos neurologistas saberem com uma diferença de até seis segundos qual a decisão entre as escolhas de sim ou não o repórter escolheria.  



Peço desculpas por neste momento não ter tempo de traduzir os dois vídeos.

Um abraço!




quarta-feira, 27 de março de 2013

Roleta Russa


            
   V
ocê deve saber o que é Roleta Russa, não é mesmo? Bom se não sabe, o significado mais habitual é de um jogo onde se coloca uma bala no tambor de um revolver e então este tambor é girado, e a pessoa aciona o gatilho, em geral apontando para  própria cabeça, quem atirar quando a bala estiver na agulha recebe um belo de um presente.

            Por mais estúpido que pareça, tem gente morrendo assim aqui mesmo no Brasil e estes casos não são tão raros, o fato é que este desprezo pela vida ou para dizer melhor; maluquice, demonstra claramente que existem algumas doenças sociais que precisam ser mais estudadas.

            Se arriscar na vida em minha opinião é importante, desde que existam recompensas em vista, e que os riscos sejam de certa forma calculados e principalmente que diante de obstáculos intransponíveis também seja utilizado o bom senso. Não quero dizer com isto que não se deva perseguir os ideais de forma persistente, o principal na minha argumentação é de que sem recompensa não vale apena se arriscar, eu posso estar errado, mas não entendo quando algo é feito e o que se tem como “prêmio” é um tiro na cabeça.

            Eu começo a pensar se de alguma forma não transformamos nossas próprias vidas em um tipo de Roleta Russa através de posicionamentos perigosos e sem recompensa, nem que seja o prazer dos efeitos da Serotonina depois de uma descarga de Adrenalina, quando, por exemplo, se pula de paraquedas, ou quando é feita uma manobra radical no skate, ou se pilota um carro em um autódromo, pois na maioria das vezes as pessoas sobrevivem para ter a sensação de vitória, mas o que se consegue se arriscando a estourar o crânio de graça?

            Talvez nós tenhamos uma necessidade de assumir riscos, alguns mais, outros menos, todos nós perseguimos vitórias por menores que possam se apresentar, eu, por exemplo, tenho pavor de altura, mas o pavor é que me leva a passar por passarelas altas às vezes para desafiar a mim mesmo, mas na maioria das vezes se der para passar pelo chão eu prefiro, e com todo este pavor eu já andei em roda gigante e até em montanha russa, mas cá para nós, não gostei muito da experiência, e de uma forma até engraçada eu não tenho medo nenhum de avião. Eu mesmo não me entendo, mas a hipótese de dar um tiro na cabeça nunca me passou pela mente, e para ser sincero não acredito que seja normal alguém pensar que isto traga algum benefício, a não ser que a pessoa esteja com depressão ou com algum outro tipo de problema. Roleta Russa por diversão? Qual diversão?

            Penso que a maioria quer viver muito, então, que os riscos sejam calculados se isto for possível, e que a recompensa valha à pena.

Uma grande invenção





H
á pouco tempo eu estava navegando na Internet e encontrei um vídeo que falava de uma coisa espetacular, revolucionária, eu assisti ao vídeo, e esta criação não era nada mais na menos que um programa de computador que fazia a identificação da presença de espíritos.

No vídeo havia uma explicação de como funcionava o programa, sendo que a base era simples, era a geração de números randômicos, sendo que estes números dependendo do valor, segundo os criadores identifica se existe ou não um espírito presente.

Na minha mania de ser racional, eu comecei a pensar sobre este grande invento e cheguei à conclusão que era uma tremenda de uma estupidez, já que computadores são incapazes de gerar números randômicos, eles só geram pseudorrandômicos que levam sempre em conta uma fórmula matemática pré-definida, portanto, são randômicos para o observador, mas não o são para a própria fórmula.

Veio em minha cabeça uma interpretação do absurdo, ou seja, de que espíritos para estas pessoas eram regidos por determinação matemática, mas aí eu lembrei que eles não poderiam chegar a esta conclusão, pois tudo o que fizeram só se baseava na ignorância.
O perigo de pensamentos obtusos sem qualquer base na realidade é o de inventar um mundo que na verdade está somente na imaginação, e ao mesmo tempo acreditar que aquela percepção equivocada é a mais pura definição do real.

Muitos acreditam em espíritos e até veem, só que posso fazer uma pergunta com relação a isto: Do que difere a crença e a conversa com espíritos de qualquer sintoma de esquizofrenia?  O que me garante que médiuns não sejam simplesmente doentes mentais?

Você confiaria a sua vida a um esquizofrênico que quisesse fazer qualquer operação espiritual? O incrível de tudo isto é que sem qualquer tipo de comprovação científica, ou mesmo qualquer tipo de observação natural, pessoas levadas pelo motor dos desesperos e pela falta de entendimento dos caminhos da vida, acreditam piamente no imponderável, talvez por uma questão de esperança e pela realidade não mais oferecer respostas que possam captar dentro de suas limitações.

Qual a diferença em acreditar em programas de computador que não indicam absolutamente nada, ou em espíritos que não se apresentam, ou que podem ser simplesmente explicados pelos mais simples fenômenos naturais? O que existe na realidade é uma necessidade imensa em acreditar no fantástico, no inexplicável.

Existe coisa mais espiritual do que um controle remoto? Já pensou que ninguém vê nada saindo do aparelho e ele muda o canal da TV? Desliga, liga, permite ajustes, mas todos nós sabemos que não tem nenhum espírito fazendo isto, sendo que este saber é possível pela honestidade da ciência, mas imagine se esta fosse usada para enganar as pessoas, certamente, já existiria a certeza científica de espíritos nos rondando.

Já pensou em espíritos te observando quando você estivesse no banheiro, ou o espírito de um parente de seu chefe ouvindo a sua conversa quando você fala mal do dele? Será que depois que você morrer este espírito vai lhe dar uma bronca? Já percebeu que esta conversa poderia ser travada entre dois doentes mentais?

O que separa a crença em espíritos da insanidade mental? A linha é muito tênue, mas apenas olhando os resultados, o que dá para perceber é que o cérebro tende às vezes ao fantástico, ao imaginário, aos fenômenos às vezes sem qualquer tipo de veracidade, talvez isto mostre o quanto o ser humano é egoísta até em sua percepção sobre o mundo, e isto determina que a vontade humana por vezes é mais poderosa que a percepção dos fatos.

Existem espíritos? Até agora nem uma pista que existam, mas tem gente escrevendo cartas, incorporando,  adivinhando, mas utilizando somente um instrumento concreto que é a própria mente humana.

Só espero que um espírito não venha hoje pegar no meu pé quando eu estiver dormindo, pensando bem: Sem chance.


terça-feira, 26 de março de 2013

Interpetando a Bibra Sargada (Interpretando a Bíblia Sagrada)

        
    
   N
ão é raro encontrar pessoas na rua com uma Bíblia debaixo do braço, sendo que pregação se encontra em qualquer lugar, mas como muitos dizem, a interpretação da Bíblia é completamente subjetiva, então como dar crédito a quem às vezes demonstra que sequer soube ler o que deveria ter lido?

            A Bíblia é desodorante de crente,  só serve para ficar embaixo do sovaco, só pode ser! Pois é difícil acreditar que muitos crentes a tenham pelo menos folheado, principalmente por que não tem figuras, aliás, conheço vários cristãos e até hoje nunca vi pessoalmente um que o tenha feito isto pelo menos com isenção. A Bíblia se torna um troféu sagrado em que não é permitido sequer ler, sendo assim não é difícil interpretar que ela diz o que não diz, ou que ela não diz o que diz. Confuso? Não, não é confusão, é loucura mesmo.

            Não deve ser novidade para ninguém que pastores analfabetos ou semianalfabetos existem aos montes, e mesmo assim tem gente que diante de uma louvação, consegue parar para ouvir, mas poucos parecem interpretar que muitas das coisas ditas sequer são racionais. Já fui parado na rua, e então ouvi a seguinte pérola: “O homem não veio do macaco, porque até agora não vi nenhum macaco virar homem”, evidentemente não dei atenção, mas o cidadão falava com tanta propriedade que até parecia ter feito um pós-doutorado em Harvard, com isto não quero dizer que não existam incautos em Harvard, pois a praga religiosa está em qualquer lugar.

            Eu já ouvi falar em Hermenêutica e que a Bíblia precisa ser interpretada, mas então vejamos: No livro mais impresso de todos os tempos, em diversas línguas e que muitas pessoas possuem, tem coisas escritas que quem adquire não pode entender? Curioso isto, levando-se em conta que quem escreveu, segundo a interpretação dos religiosos, foram homens inspirados por Deus, sendo que alguns dizem que foi o próprio Deus.

            Que sentido faz em pleno o século XXI que um tal de Deus deixe circular um livro onde o que está escrito não é o que está escrito, e que este cara  tenha permitido os mais diversos erros de interpretação?  Desde fatos supostamente históricos que se contradizem entre si, até erro  na tradução de textos antigos, tudo é desculpa, portanto peço a Deus que faça um recall da Bíblia por defeito de fabricação, mas anuncie na televisão porque atinge mais rápido aos consumidores, pois existem meios mais eficientes que os da Idade Média.

            A Bíblia é provavelmente um dos livros mais mal escritos da história da humanidade, e é com certeza o pior escrito dentre os mais publicados, mas faz sucesso, pois afinal de contas para interpretar a Bibra, não é preciso nem saber ler, pois parece que o conhecimento passa por osmose através das axilas  dos crentes e chega até o cérebro, eu na verdade não tenho a mínima ideia de como isto acontece, mas como Deus é milagroso, talvez não seja mesmo necessário ler.

            Eu aqui no meu mundo real, penso que livros sagrados são apenas uma manifestação da ignorância humana, pois todos os livros um dia serão frutos desta ignorância se acreditarmos que existe evolução da sociedade, sendo assim, livros velhos mesmo que possuam algum conhecimento válido, um dia serão velhos e os conceitos poderão nem mais existir, pois para os dias de hoje, até Sócrates e Platão disseram coisas que já foram superadas pelas novas manifestações de conhecimento.

            Será que ainda estamos na transição da Renascença e nos afastando do Teocentrismo e nem percebemos? Será que isto é um destino humano, o de acreditar que estamos fadados a aceitar a ignorância por parte de alguns que insistem em permanecer na Idade das Trevas?

            Se lermos a Bíblia como um livro arcaico, escrito por pessoas em uma ocasião onde a moral era outra, onde comer frutos do mar era abominação, matar um filho malcriado era aconselhado, exterminar homossexuais era uma solução, onde a mulher era quase uma outra espécie considerada inferior, e onde a escravidão era permitida, onde homens poderiam ter a posse da liberdade de outros homens, tudo faria sentido, seria só um livro velho com conceitos ultrapassados, ou seja, o que hoje seria considerado como atrocidades, em certas épocas foram consideradas normais, e que apesar da maioria das pessoas que têm este livro, pensarem completamente diferente das afirmações que estão claramente escritas lá, ainda tem o que está lá escrito como algo intocável, além da compreensão e do questionamento, resumindo, é preciso ser burro para achar que a Bibra é um livro de ensinamentos, pois não ensina nada.

            O que pode se constatar diante das contradições, dos erros históricos, dos erros relacionados a conceitos científicos, dos erros até morais de acordo com o juízo de valores coletivos hodiernos, é de que se um ser supremo é responsável por tanta bobagem, de supremo ele não tem nada, talvez algum anjo, arcanjo, algum santo, quem sabe até o diabo deveria mostrar  que existem erros na obra literária que cristãos consideram como a mais importante, no entanto, isto é viajar na maionese, pois se Deus, anjos, arcanjos, santos e nem o diabo existem, então está claro que não existem verdades absolutas e intocáveis neste livro sagrado e que as pessoas necessitam parar para pensar e chegar à conclusão do que realmente é verdade.

            A interpretação da Bíblia, já levou muita gente para a fogueira, quem sabe este não seria o destino mais justo para a maior mentira de todos os tempos? Pensando bem, não se deve queimá-la, pois a mesma deve ser entendida como a representação da ignorância histórica do homem, e que conceitos obtusos não devem ser considerados como reais, e sim como o que realmente são, ou seja, apenas velharias que não se deve repetir para o bem da humanidade. Sendo assim o certo seria entender a maior parte da Bíblia como o que não se deve fazer, uma das razões é que não se faz mesmo, pois a moral social não permite, e a outra razão é por que é só um livro velho.

Por que acreditar em Deus?





N
inguém nasce acreditando em Deus, aprendemos isto com as pessoas que convivemos principalmente durante a infância, sendo que isto é uma ideia implantada que não recebe qualquer tipo de avaliação e também nenhum tipo de crítica, pois é proibido duvidar, é necessário acreditar além de qualquer sombra de dúvida.

Será então que existem reais razões para crer? Faço esta pergunta, pois se não se usa o raciocínio quando Deus nos é apresentado, fica a dúvida se Deus é realmente uma ideia válida, ou se é somente uma imposição absurda que nos é definida simplesmente por tradição.

A maioria das pessoas que alega sobre a existência de um Deus, nunca se questionou de fato, sendo assim, a ideia se propaga de forma incólume sem qualquer questionamento, e isto pode levar a pensar que qualquer pensamento que se espalhe sem avaliação, pode ser falso desde a origem.

Com tantos deuses existentes, com formas diferentes, moral diversa, histórias e estórias singulares, com contradições visíveis entre eles, o que pode se determinar com certeza é que é impossível que todos os deuses sejam verdadeiros, e isto nos leva a poucas possibilidades que se resumem em: Alguns deuses são verdadeiros, ou todos os deuses são falsos, já que por exclusão é impossível determinar que todos sejam verdadeiros.

O que pode ser intrigante é que estes deuses são em sua grande maioria imperceptíveis por qualquer um dos sentidos humanos ou aparatos científicos, não se manifestam apesar de representarem leis rígidas que devem obrigatoriamente serem seguidas, e também o fato de que qualquer Deus, independente do que seja, move a humanidade por uma lógica um tanto paradoxal que muitas vezes contrasta com a moral humana e chega a se tornar imoral e sem qualquer sentido,  às vezes mesmo para os fiéis.

Pode  parecer piegas, mas como um ser bondoso admite a seca na Etiópia, ou provoca tsunamis no Japão, terremotos na China, furacões nos Estados Unidos, enchentes no Brasil, vitimando inclusive pessoas que frequentam templos e louvam estes seres invisíveis?

É comum se ouvir que quando uma pessoa é salva de algum acidente, mesmo que muitas outras morram pelo mesmo fato, que este indivíduo tenha sido salvo pela providência divina, e isto chega a ser confuso, pois se continuar vivo é uma dádiva de Deus, então como ele escolhe quem morre se os acidentes que ele supostamente criaria não fazem este tipo escolha, e também por que ele criaria os acidentes, ou por que levaria à morte inocentes como crianças que sequer tiveram oportunidade de conhecer a vida em sua plenitude?

 Quando se separa estes Deuses de todo o cenário, as coisas parecem começar a fazer sentido: Somente leis naturais indiferentes provocariam os acidentes, somente a indiferença humana permitiria a fome na Somália, e a imprudência seria o maior fator responsável pelos acidentes de trânsito. Pode passar pela cabeça então que a impossibilidade da existência de qualquer Deus aumenta nossa responsabilidade com nossos semelhantes, iguala as expectativas, aumenta o respeito à própria vida e à do próximo, então por que acreditar em um Deus?

Talvez Deus seja uma espécie de vacina anti- sofrimento, quem sabe? Algo que faz com que tudo que não sabemos tenha uma desculpa, ou uma solução, só que esta vacina não funciona, parece ser somente placebo, mas um placebo que deixa um monte de viciados dependentes de supostos lideres espirituais, viciados que não conseguem nem mais usar o cérebro para raciocinar o quanto são contraditórios e cruéis estes deuses.

A vida é um presente do destino, ou do acaso se preferir, mas alguns perdem muito tempo esquecendo-se de viver esta vida, com a esperança de serem felizes em outra que só tem por base a promessa de gente que nunca morreu para saber como é morrer, gente que sabe o mesmo, ou às vezes menos que os cordeiros que os seguem e que leem seus livros sagrados como se fossem robôs alienados da razão, sem se preocupar sequer em entender, tendo o propósito somente de seguir.

Como um ser inteligente que supostamente criou tudo, daria razão à gente burra que despreza a importância do estudo baseado na realidade, dando preferência à literatura imbecil de deuses do trovão, de homens que supostamente andam sobre as águas e ressuscitam outros homens só para que depois eles morram de novo, de virgens que são prêmio em outro mundo, de mulheres fecundadas por um ser invisível?

O fato é que se este Deus confuso e incompetente realmente existisse, talvez sua melhor decisão fosse cometer suicídio, já que a natureza hoje não precisa de nenhum diretor, mas como este Deus antropomórfico nunca deve realmente ter existido e só faz parte das mentes pouco esclarecidas e que não se deram ou não tiveram a oportunidade de duvidar,  então o responsável pela morte de quem nunca viveu, é cada um dos seres humanos, mas parece que muitos não querem assassinar a fantasia para salvar a realidade, talvez porque seja mais confortável se enganar  do que enfrentar a vida tal qual se apresenta.